Trabalhadoras e trabalhadores estaduais de São Paulo protestam contra política salarial do governo

Governador Geraldo Alckmin propõe reajuste diferenciado – entre 3,5% a 7% – para as diversas categorias. Para trabalhadores, medida fere o princípio da igualdade entre os servidores.

Trabalhadoras e trabalhadores estaduais de São Paulo estão se mobilizando contra a proposta do governador Geraldo Alckmin, do PSDB, de reajuste salarial diferenciado ao funcionalismo público do Estado. A maioria das categorias receberá 3,5% de reajuste, enquanto Polícias Civil, Militar e Técnico-Científica contarão com 4%. Já professores terão 7% de aumento. O projeto de lei complementar 1/2018 tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).  

Desde que Alckmin anunciou a medida, em 4 de janeiro deste ano, o movimento sindical do Estado vem realizando protestos e ações, com participação ativa de filiadas da ISP. A última “visita à Alesp” foi feita na terça-feira, 13 de março.

“Estamos combatendo esse tipo de política salarial. Nós acreditamos que essa proposta é prejudicial ao princípio do estabelecimento da igualdade entre os servidores. Institui uma diferenciação”, explica Mauro Campos, diretor de Assuntos dos Servidores Estaduais da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo (FESSP-ESP).

“Juntamente com nossos 19 sindicatos, estamos realizando diversas mobilizações na Alesp. Já passamos por todos os gabinetes, onde apresentamos nossa proposta de 7% para todos, incluindo fundações e autarquias, sem prejuízo à reposição das perdas salariais”, completa.

Segundo o dirigente da FESSP-ESP, ao se analisar o Relatório de Gestão Fiscal da Secretaria da Fazenda estadual para o ano de 2017, pode-se chegar à conclusão de que existe margem para a concessão de reajuste de 7% para todos os servidores.