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Acordo Mercosul-UE Seminário discute impactos do Acordo Mercosul-União Europeia na vida das mulheres
Nos dias 09 e 10 de novembro, as organizações Instituto Equit; Rebrip; América Latina Mejor Sin TLC; PowerShift; Liderando desde el Sur; Both Ends; Bundesministerium für wirtschaftliche Zusammenarbeit und Entwicklung; ATTAC Argentina; Stifnung nord-süd brückren; FIAN; Red de género y comercio; NaturFreunde e Transnational Institute realizaram um seminário para debater os impactos do acordo Mercosul-União Europeia com foco central na precarização, perda de emprego e pobreza da população feminina
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Durante os dois dias do seminário, oito mesas de discussão abordaram diversas agendas chave para o tema. Discutiu-se temas como o contexto geopolítico e do comércio internacional e questões relacionadas à agricultura, territórios indígenas, saúde, desindustrialização, privatização e democracia. O evento proporcionou uma análise abrangente dos possíveis desdobramentos do acordo sobre a vida das mulheres no Brasil e nos países envolvidos.
O acordo Mercosul-UE é um acordo multilateral de livre comércio para facilitar o comércio de bens e serviços entre as duas regiões. Sendo os prejuízos para os países latinos maiores que os benefícios, em um acordo de claro caráter neocolonial com o continente Europeu, a Internacional de Serviços Públicos (ISP) se posiciona contra sua assinatura por diversos motivos e, em 2021, apoiou a publicação “10 motivos para dizer NÃO ao Acordo Mercosul-União Europeia”, lançado pela Rede Brasileira pela Integração dos Povos - Rebrip e Mejor Sin TLC. Acesse a publicação aqui. Além disso, a ISP foi uma das organizações fundadoras da Plataforma Brasileira contra o TLC Mercosul-UE, que conta com centenas de movimentos firmantes, e da campanha transatlântica Stop UE-Mercosur.
No seminário em questão, a ISP foi representada pela secretária geral adjunta da CONFETAM, Luba Melo, que participou da mesa que tratou do tema Saúde, Medicamentos, Propriedade Intelectual, Comércio digital e Impactos sobre as mulheres. A sindicalista diz que, da perspectiva das mulheres trabalhadoras, “o acordo União Europeia Mercosul irá acirrar ainda mais as desigualdades, teremos mais desemprego, mais subemprego e mais precarização das relações de trabalho, impactos socioambientais e econômicos e isso afetará enormemente as mulheres, pois em nossa sociedade machista e misógina perpetrada por uma cultura patriarcal as mulheres historicamente já enfrentam grandes desafios, por isso precisamos ser o centro deste debate".
O seminário, que contou com debates de alto nível, foi registrado e está disponível no formato de podcast no Spotify. Para acessar as discussões e aprofundar-se nos temas abordados, basta clicar aqui.