ISP promove encontro regional sobre tratados de livre comércio na América Latina

Durante o evento foram realizados debates entre acadêmicos, representantes especialistas da sociedade civil e líderes sindicais sobre os tratados de livre comércio (TLCs) na América Latina, seus impactos e quais são as alternativas possíveis neste momento.

Durante os dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro foi realizado em São Paulo o encontro regional “Resistindo a liberalização comercial na América Latina: estratégias e alternativas”, organizado pela Internacional de Serviços Públicos com o apoio da Fundação Friedrich Ebert e pela Plataforma América Latina Mejor Sin TLC.

As discussões se centraram na atual conjuntura política global pós pandemia e em meio aos conflitos acarretados pela guerra na Ucrânia, em uma atualização dos principais TLCs em negociação regionalmente, bem como no aprofundamento dos impactos do sistema ISDS na economia, democracia e serviços públicos dos países que estão nesse sistema, a partir de um estudo de caso realizado no Peru.

A agenda também focou em temas comerciais ‘não tradicionais’, tais como meio ambiente, regulação de serviços, saúde, propriedade intelectual e digitalização, junto a uma discussão sobre regionalismo na América Latina, o que se quer e quais as implicações frente ao atual contexto geopolítico global. 

América Latina Melhor Sem TLC

No último dia de encontro foi realizada a assembleia da Plataforma América Latina Mejor Sin TLC – que reúne ONGs, movimentos sociais e sindical-, na qual apresentou-se um balanço do trabalho realizado desde novembro de 2018, uma discussão sobre atualização das estratégias da organização, definição de uma nova agenda de trabalho e um acordo sobre a nova Coordenação Executiva da plataforma que assumirá a partir do próximo período. 

Por fim, foi decidido por consenso que a Plataforma Chile Mejor sin TLC assumirá a nova coordenação da plataforma regional a partir de abril de 2023. Ao longo dos próximos meses ocorrerá o processo de transição da coordenação, no qual se discutirá questões como ampliar o número de organizações parte de plataforma, aprofundar o trabalho com organizações sindicais do continente e estabelecer uma maior descentralização dentro da plataforma.