Filiadas à ISP no Brasil se reúnem com Ministra das Mulheres para tratar do Plano Nacional de Cuidados e da Convenção 190

A adoção de leis que tratam do trabalho de cuidado e da ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) têm estado no centro das políticas de igualdade de gênero desenvolvidas pela ISP e suas filiadas

Representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (CONFETAM), Federação Nacional dos Assistentes Sociais (FENAS), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo e Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (FASURA), filiadas à Internacional de Serviços Públicos (ISP) no Brasil, participaram de uma reunião estratégica com a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que tratou da organização da participação nacional na 69ª Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW69), prevista para ocorrer em março de 2025. As entidades ainda entregam à ministra dois ofícios com pontos relacionados ao Plano Nacional de Cuidados e a ratificação da Convenção 190 da OIT, ambos em debate no país.

Luba Melo, membro do Comitê interamericano de Mulheres da ISP, reforçou a importância da participação ativa das entidades brasileiras na construção dessa agenda global e nacional de cuidados e no combate à violência de gênero. "No encontro com a Ministra, nós pautamos questões essenciais para as trabalhadoras dos serviços públicos, como o Plano Nacional de Cuidados e a ratificação da Convenção 190. A Política Nacional de Cuidados é crucial para garantir o acesso da população a serviços de qualidade, além de valorizar as trabalhadoras e trabalhadores dessas áreas, que em sua maioria são mulheres, como saúde, educação básica, assistência social e trabalho doméstico. Também enfatizamos a necessidade de reduzir a sobrecarga de trabalho não remunerado, que recai sobre tantas mulheres no Brasil", declarou Melo.

A reunião, além de consolidar as demandas que a comitiva brasileira levará à CSW69, reforçou a importância de uma articulação ampla entre organizações sindicais e o governo federal para a construção de políticas públicas que avancem na igualdade de gênero e no fortalecimento dos direitos das mulheres trabalhadoras dos serviços públicos e da iniciativa privada.