Os participantes reforçaram seu entendimento compartilhado de que a saúde é um direito humano fundamental e que nossos governos são responsáveis pelo fornecimento de saúde e cuidados universais que sejam equitativos, inclusivos e sustentáveis a. A proteção dos direitos trabalhistas e sindicais dos trabalhadores da área de saúde pública e privada também foi um tema fundamental discutido continuamente durante a reunião de três dias em São Paulo, Brasil. A reunião contou com o apoio do Centro de Solidariedade Sindical da Finlândia, SASK.

Uma das prioridades da Federação de Sindicatos de Trabalhadores da Saúde é influenciar a formulação de políticas públicas, enfatizando a importância da assistência médica de alta qualidade, operando com base no princípio de que a saúde deve sempre prevalecer sobre o lucro. Os participantes também discutiram a necessidade de fortalecer e expandir as organizações representativas dos profissionais de saúde, tanto no setor público quanto no privado, com ênfase especial na representação regional.

A Federação estabelece um fórum regional para discussão, análise e apoio aos sindicatos locais no setor de saúde. Os membros da Federação apoiam o papel do Estado como promotor da democracia participativa e se organizarão para representar os trabalhadores do setor de saúde em instituições como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o órgão regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao mesmo tempo em que fortalecem alianças com a sociedade civil alinhadas aos objetivos da Federação.

A Sra. Perpetual Ofori-Ampofo, presidente da Associação de Enfermeiras e Parteiras Registradas de Gana (GRNMA) e atual presidente da Rede de Sindicatos do Setor de Saúde da África Ocidental (WAHSUN) da PSI, participou da reunião remotamente para compartilhar lições e conselhos com base nas experiências das afiliadas da África Ocidental na organização regional de sindicatos do setor de saúde.

A atual crise no setor de saúde na Palestina também foi discutida. O Dr. Salama Abu Zaiter, Presidente da afiliada da PSI, o Sindicato Geral dos Trabalhadores da Saúde - Gaza, estava programado para participar, mas com o retorno dos intensos bombardeios em Gaza, ele foi forçado a cancelar. Em sua ausência, o recente evento de solidariedade organizado pela PSI foi compartilhado e discutido. Os participantes reiteraram seu compromisso de organizara solidariedade local e pedir um cessar-fogo imediato.

O plano de ação regional adotado pelos membros da Federação inclui intervenções no setor privado de saúde, na cadeia de suprimentos de saúde, negociações com empresas transnacionais, contratação de pessoal na área de saúde e defesa das demandas dos profissionais de saúde nas negociações em andamento do Tratado de Pandemia da OMS. Além disso, o plano de ação compromete os membros a defender a conscientização e a ação coletiva sobre Inteligência Artificial, reconhecendo e valorizando as carreiras administrativas, ratificando as convenções da OIT e enfatizando a supervisão fiscal para a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde pública.

A equipe de liderança eleita inclui representantes de todas as regiões das Américas, cada uma com três membros titulares e suplentes. Dois coordenadores da Federação também foram eleitos. Carmen Luz Scaff Vega (ANEF, Chile) e Fabio Melo Quintero (SINDISTRITALES, Colômbia).