Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2024 A ISP pede a reconstrução da organização social do cuidado, no centro da justiça de gênero
No Dia Internacional da Mulher de 2024, a Internacional de Serviços Públicos, federação sindical global que representa xs trabalhadores do setor de cuidados nos setores público, privado, comunitário e sem fins lucrativos, pede uma vontade política mais forte e ousada para reconstruir a organização social do cuidado, no centro da justiça de gênero.
Verónica Montúfar
Neste ano de 2024, mais de um centenário desde que a greve das trabalhadoras têxteis de Nova York - símbolo da declaração do 8M como Dia Internacional da Mulher - suscitou a ação coletiva para deter a crescente intensificação e exploração do trabalho, a ISP reafirma que nenhum progresso real pode ser feito hoje na transformação da vida das mulheres sem uma vontade política real e mais radical para reconstruir a organização social do cuidado, um elemento central da justiça de gênero", disse Daniel Bertossa, Secretário Geral da Internacional de Serviços Públicos
Nenhum progresso real pode ser feito hoje na transformação da vida das mulheres sem uma vontade política real e mais radical de reconstruir a organização social do cuidado,
Embora os Estados nacionais e o sistema da ONU, em resposta às lutas das mulheres, tenham chegado a um consenso maior sobre a necessidade de reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho de cuidado não remunerado, historicamente de responsabilidade das mulheres, ainda há uma enorme lacuna na conquista do reconhecimento e da representação do trabalho decente para o trabalho de cuidado remunerado, independentemente do status contratual, migratório ou profissional; e reivindicar o caráter público dos sistemas e serviços de assistência, juntamente com a importância do papel do Estado em seu financiamento e provisão pública, bem como na regulamentação em favor do interesse comum, com o qual todos os atores envolvidos na organização social da assistência devem estar alinhados.
Paralelamente, a privatização e a financeirização da assistência se tornaram mais visíveis desde a pandemia da COVID-19, o que teve um impacto direto nas condições de trabalho do setor e no acesso universal aos serviços públicos de assistência, um elemento que tem um duplo impacto sobre as mulheres, tanto por serem a maioria dos trabalhadores do setor quanto pelo aumento do trabalho de assistência não remunerado na ausência de serviços públicos.
Gloria Mills, presidente do Comitê Global de Mulheres da ISP, disse: "A ISP relatou os fracassos da privatização da assistência no contexto da pandemia, destacando a oportunidade de resistir e reverter a privatização, e agora trabalha para reformar o setor".
Ela disse que a ISP lançou seis princípios fundamentais para o fortalecimento dos sistemas de atendimento, que agora vemos como tendo o potencial de melhorar a vida das mulheres: 1: Financiamento público do atendimento, 2: Fornecimento público, 3: Administração pública, 4: Transparência e responsabilidade pública, 5: Trabalho decente e igualdade de remuneração, 6: Dignidade do atendimento, 7: Responsabilidade pública e transparência, 8: Responsabilidade pública e transparência, 9: Responsabilidade pública e transparência, e 10: Trabalho decente e igualdade de remuneração, e 11: Responsabilidade pública e transparência. 6: Dignidade do atendimento,
Veja também
Portanto, levantamos nossas vozes sindicais e feministas do Brasil ao Canadá, da África do Sul ao Marrocos, da Turquia à Finlândia, da Indonésia ao Japão e à Nova Zelândia para dizer que estamos avançando e que lutaremos incansavelmente. Acabarcom o trabalho de cuidado não remunerado é fundamental para alcançar a justiça de gênero", acrescenta Gloria Mills.
Acabar com o trabalho de cuidado não remunerado é fundamental para alcançar a justiça de gênero
A presidente da ISP, Britta Lejon, acrescentou: "O trabalho de assistência social e de longo prazo em todo o mundo deve ser valorizado e recompensado com um trabalho decente, incluindo remuneração igual para trabalho de igual valor. Em muitos países, eles arcam com o ônus adicional e são afetados de forma desproporcional por guerras, conflitos e mudanças climáticas - Gaza tem sido um exemplo cruel. Chegou a hora de reivindicar a natureza pública da assistência e restaurar a responsabilidade primária do Estado de fornecer serviços públicos de assistência que podem melhorar e transformar a vida de trabalhadores e mulheres."
A ISP saúda as milhares de ações coletivas que nossos sindicatos afiliados, trabalhadoras e feministas em todo o mundo estão realizando hoje, incluindo a greve feminista na França #GREVEFEMINISTE, a greve de cuidados no setor de educação infantil na Austrália, a ação de greve da ECEC, e a maré verde com impulso suficiente para se tornar um tsunami na Argentina Seremos Tsunami e nos comprometemos com a reforma do setor de cuidados transformadora de gênero.
Aplaudimos as milhares de ações coletivas que nossos sindicatos afiliados, trabalhadoras e feministas de todo o mundo estão realizando hoje e nos comprometemos com a reforma do setor de cuidados que transforme o gênero.