A ISP esteve presente no lançamento da Campanha Brasil Forte, em defesa do serviço público

A iniciativa é da CUT e foi divulgada durante o seminário “Estado, o Serviço Público e as Empresas Estatais no Desenvolvimento com Equidade”, realizado nos dias 16 e 17 de maio em São Paulo. Denise Motta Dau, secretária sub-regional da ISP para o Brasil, falou sobre a onda de reestatizações no mundo.

A Internacional de Serviços Públicos participou no dia 17 de maio, em São Paulo, do lançamento da Campanha Brasil Forte, iniciativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em defesa de um serviço público e de qualidade e da valorização dos servidores e das estatais. O objetivo da campanha é gerar mobilização contra as privatizações e o congelamento de gastos. Assim, a tarefa inicial é lutar pela revogação da Emenda Constitucional 95, ou PEC da Morte, que limita os investimentos nos direitos básicos, como saúde e educação, e potencializa as privatizações e o fim dos serviços públicos.

O lançamento aconteceu durante o seminário “Estado, o Serviço Público e as Empresas Estatais no Desenvolvimento com Equidade”, realizado nos dias 16 e 17 de maio na capital paulista. Denise Motta Dau, secretária sub-regional da ISP para o Brasil, esteve presente tanto no encontro quanto na divulgação da campanha.

À CUT, ela falou sobre a tendência de reestatizações em diversas cidades do mundo, num momento em que o Brasil vai na contramão desse processo:

Além do congelamento de gastos, o seminário debateu temas como os impactos das privatizações na vida do povo brasileiro, o interesse do mercado financeiro nacional e internacional nos lucros com a privatização de serviços essenciais. Entre as saídas, os participantes propuseram uma reforma tributária para acabar com sonegações e taxar as grandes fortunas. 

“O bem-estar na família não depende só dos salários, tem que ter infraestrutura coletiva. Aqui no Brasil é chamado de gasto, no resto do mundo é investimento”.

A afirmação foi feita pelo professor titular da PUC e economista, Ladislau Dowbor em uma das mesas. Segundo ele, não tem como a economia do país melhorar de fato com uma medida como o teto de gastos, proposta pelo ilegítimo Michel Temer e aprovada pelo Congresso nacional.

“A economia não é uma atividade em si, é um sistema de engrenagens articuladas. Por isso, a produção material, infraestrutura, serviços de intermediações e políticas sociais têm que funcionar de maneira equilibrada para que o conjunto funcione”, explicou Dowbor.

Durante sua intervenção, o professor da PUC também destacou a importância dos municípios no desenvolvimento da economia. Para ele, as políticas devem ser desenvolvidas a partir dessa esfera. Como exemplo, ele citou a Suécia, onde 72% da arrecadação tributária vai para os municípios.

Denise Motta Dau, da ISP, participou da mesa “Privatização e Terceirização nas Empresas Estatais - Impactos para o desenvolvimento e a soberania nacional”, juntamente com Edson Aparecido da Silva, da Federação Nacional dos Urbanitários, filiada à CUT e à ISP.

(Com informações do site da CUT)